Com o mesmo vestido amarelo usado no Festival de Verão de Salvador, na última quinta-feira, a musa da axé music baiana, exibindo uma ótima forma, disse que estava encarnando um sol pra trazer energia para o público. Pouco antes da meia-noite, abriu o show da prévia do bloco Cerveja e Cia, com o hit “Aceleraê”, cantado em coro pela multidão.
A cena se repetiu durante as quase duas horas de duração do show, em que Ivete desfilou os principais sucessos da carreira, relembrou os tempos de vocalista da Banda Eva e fez várias referências ao Recifolia, o extinto carnaval fora de época do Recife. E tome “Arerê”, “Flores”, “Levada louca”, “Festa”, “Pererê”... Também encarnou a “piriguete” cantando um bloco com várias suingueiras, com direito a coreografias sensuais, como a da maliciosa “Lobo Mau” e o hit “Vou não, quero não, posso não”, do DJ Sandro, de Paulista.
E como já é esperado nas apresentações que faz por aqui, a baiana que tem título de cidadã pernambucana homenageou o Estado, cantando a introdução do Hino de Pernambuco e incluindo no repertório os frevos “Voltei Recife”, “Olinda, quero cantar” e “Vassourinhas”. E frevou de sombrinha em punho e abraçada com a bandeira de Pernambuco, que pegou da plateia.
O repertório do show traz músicas do novo CD e DVD da artista, “Ivete Sangalo no Madison Square Garden”, gravado em Nova York, em setembro do ano passado e que terá turnê nacional por 20 capitais brasileiras a partir do final de março, depois do Carnaval.
Ivete comandou uma grande prévia carnavalesca, brincou e fez o que quis com a plateia, que atende carinhosamente todos os pedidos da artista. É de impressionar o carisma e fascínio que ela exerce com o público, daí talvez esteja explicado por que toda apresentação dela tem esse clima de comoção entre os fãs.
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